Espigões em dinossauros
Dinossauros podiam proteger-se de várias formas. Alguns se valiam de seu tamanho, outros usavam as garras e os perigosos espigões...
Muitos animais evoluíram com chifres e garras, mas poucos possuem espigões... Os atuais ouriço e porco-espinho os utilizam para defesa. Apenas uns poucos répteis modernos conservaram os espigões. O Moloch, um tipo de lagarto, por exemplo, ergue os espigões das costas para amedrontar os adversários. Entretanto, os espinhos móveis e carnudos do Moloch não são nada comparados aos espigões sólidos e perigosos que certos dinossauros ostentavam na cabeça e no corpo
Coroa pontuda
Entre os mais impressionantes dnossauros com espigões, estava o Estiracossauro (Styracosaurus albertensis). Recebeu esse nome, que significa "réptil ouriço", por causa dos seis longos espinhos que se projetavam da couraça óssea em seu pescoço. Havia muitos espigões pequenos também. Como eles dificultavam o acesso ao pescoço, deviam servir de defesa contra os predadores. Alguns deveriam se amedrontar só de ver os espigões. Há quem acredite que os Estiracossauros machos exibiam seus espigões para a fêmea, tentando conquistá-la. Recentemente, aliás, outros dinossauros aparentados com o Estiracossauro, com espigões igualmente estranhos, foram encontrados - como o Macairocerátops (Machairoceratops cronusi), descoberto este ano de 2016, cujos espigões do escudo eram bastante longos e apontavam para a frente, tal qual os chifres de um touro!
Espigões em dobro
O dinossauro "pescoçudo" Amargassauro (Amargasaurus cazaui), da Argentina, tinha uma coluna vertebral bem peculiar, pois as vértebras do pescoço se bifurcavam e se prolongavam de uma maneira espetacular, formando uma fileira dupla de espinhos que entrava em ação contra o ataque de carnívoros de sua região como o Carnotauro. Com os seus espigões eriçados sobre o pescoço, o predador teria de fugir, pois poderia terminar ferido com o confronto com esse saurópode. Outro saurópode da mesma época (mas um registro fóssil escasso) e que talvez possuísse espinhos tão grandes quanto o do Amargassauro é o Agustinia (Agustinia ligabuei). No caso dele, os espinhos deviam se projetar do seu dorso, também formando uma fileira dupla - embora há quem teorize que os tais espigões seriam, na verdade, ossos da costela do animal.
Bola de espinho
Quando ameaçado, o Polacanto (Polacanthus foxii), dinossauro encouraçado da Europa, podia agachar-se para impedir que o inimigo atingisse o seu ventre. O porco-espinho faz o mesmo, enrolando-se como uma bola. Qualquer dinossauro que tentasse atacar o Polacanto corria o risco de morrer trespassado por um dos espigões que se projetavam da carapaça e da cauda.
Placas e espigões
Outro dinossauro bem armado era o Miragaia (Miragaia longicollum), que vivia em Portugal. Possuía placas rígidas ao longo das costas, substituídas por fileiras de espigões pontiagudos mais perto da cauda.
Arma na cauda
O Estegossauro (Stegosaurus sp.), dinossauro herbívoro que viveu há 150 milhões de anos, era o maior dos dinossauros de seu grupo. As costas dessa curiosa criatura era equipada com duas fileiras de placas enormes. Na ponta de sua cauda haviam quatro espigões pontiagudos, mas de base larga, o que facilitava sua retirada após serem enterrados na carne da vítima. Isso feito, o Estegossauro estava pronto para atacar de novo.